Os casos de infecções respiratórias graves estão em alta no Rio de Janeiro, Goiás e outros oito estados, segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tendência é observada em todas as faixas etárias nos dois primeiros estados, com destaque para rinovírus entre crianças e adolescentes, e SARS-CoV-2 entre idosos.
Além disso, Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Roraima registraram aumento de casos, especialmente em crianças. Desde o início de 2024, foram notificados 156.309 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 46,9% foram confirmados como infecções virais, com o coronavírus sendo responsável por 52% dos casos positivos.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, é essencial que grupos de risco, como os idosos, mantenham as vacinas contra a covid-19 e influenza em dia. “Se surgirem sintomas, é recomendado usar máscaras e evitar tossir ou espirrar próximo a outras pessoas”, alertou.
Em 2024, a SRAG resultou em 9.544 óbitos, dos quais 51,4% tiveram confirmação laboratorial de vírus respiratórios. Entre esses, 28,2% foram atribuídos ao influenza A, 8,7% ao rinovírus e 8,5% ao vírus sincicial respiratório (VSR).
A Fiocruz reforça que a prevenção, por meio da vacinação e de práticas como higiene das mãos e etiqueta respiratória, é fundamental para conter a disseminação de doenças respiratórias. A população deve buscar atendimento médico em caso de sintomas persistentes, especialmente aqueles em grupos mais vulneráveis.
(Com informações da Agência Brasil)