Três anos após ser declarado morto e “cremado”, o americano James Robinson, de 50 anos, foi encontrado vivo em São Francisco, na Califórnia. A confusão ocorreu em 2021, quando um corpo encontrado em um hotel no distrito de Tenderloin foi erroneamente identificado como sendo de Robinson.
O cadáver, na verdade, era de Jacob Bruce Chrisinger, vítima de uma overdose. Ambos viviam em situação de rua e enfrentavam a dependência química, o que contribuiu para o erro de identificação. A confusão resultou na cremação do corpo de Chrisinger, com as cinzas entregues à família de Robinson, que as manteve em um altar por anos.
Descoberta inesperada
Recentemente, Robinson foi reconhecido por um amigo da família, também no bairro de Tenderloin. A identificação foi confirmada por um exame de DNA solicitado pelos familiares, que ficaram surpresos com a notícia.
Após a descoberta, a família de Chrisinger foi informada corretamente sobre sua morte. Charles Hines, irmão de Chrisinger, relatou que passou três anos procurando por ele, buscando em abrigos, hospitais e prisões. Ele também apontou inconsistências na identificação inicial, como a diferença de altura: Chrisinger media 1,65 metro, enquanto Robinson é significativamente mais alto.
Reações e consequências
Um porta-voz do laboratório responsável pela identificação incorreta afirmou estar em contato com as famílias envolvidas e se comprometeu a devolver as cinzas à família correta.
Apesar do reencontro com uma das filhas, Robinson se recusou a entrar em um programa de reabilitação e, atualmente, é considerado desaparecido novamente.
O caso levanta questões sobre a precisão nas identificações forenses e os desafios enfrentados por pessoas em situação de rua e dependência química nos Estados Unidos.