Empresário que comprou arte de banana por R$ 36 milhões come fruta: ‘Muito boa’

Na última semana, o artista italiano Maurizio Cattelan gerou polêmica e curiosidade ao vender sua obra de arte “Comedian”, uma banana presa na parede com fita adesiva, por impressionantes R$ 36 milhões. O comprador, Justin Sun, fundador da plataforma de criptomoedas Tron, tornou a obra ainda mais comentada ao comer a fruta em uma coletiva de imprensa em Hong Kong.

“É muito melhor e diferente das outras frutas. Esta é icônica”, afirmou Sun, que destacou que o ato de consumir a banana também se tornou parte da narrativa artística.

A fruta utilizada, comprada por US$ 0,35 (cerca de R$ 2), foi leiloada em Nova York no dia 21 de novembro. O preço inicial era de US$ 800 mil, mas a intensa disputa entre sete compradores elevou o valor final para US$ 5,2 milhões, aproximadamente R$ 36 milhões com taxas inclusas.

Sun defendeu o alto valor pago, afirmando que a obra transcende o mundo artístico: “Isso representa um fenômeno cultural, unindo arte, memes e criptomoedas.”

A ameaça do fungo TR4 à banana Cavendish

Enquanto a banana se torna objeto de arte, a produção global da fruta enfrenta um grave problema. A variedade Cavendish, que domina o mercado atual, está sob ameaça da cepa tropical 4 (TR4) do fungo Fusarium oxysporum.

No passado, a Gros Michel, uma variedade amplamente consumida até os anos 1950, foi praticamente extinta pela Murcha de Fusarium, causada pelo mesmo fungo em outra cepa. A Cavendish foi desenvolvida como substituta devido à sua resistência inicial, mas o surgimento da TR4 colocou novamente em risco a produção mundial.

A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, e a ameaça do TR4 levanta preocupações sobre segurança alimentar e sustentabilidade na agricultura. Especialistas trabalham para desenvolver variedades resistentes, mas o desafio é grande diante da vulnerabilidade genética da Cavendish, cultivada de forma quase idêntica em larga escala.

Enquanto isso, obras como “Comedian” colocam a fruta no centro de discussões culturais, ampliando o debate sobre sua relevância simbólica e econômica.

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